domingo, 8 de fevereiro de 2009

É agora ou... agora?

Fotos: Waleska Santiago

Este final de semana foi de rebuliço para os cidadãos fortalezenses. Além da inauguração deste blog (:P), também chegaram em território alencarino a comitiva da FIFA, que inspeciona as candidatas a cidades-sedes da Copa do Mundo de 2014 - esse assunto será abordado mais na frente - e o naviozão Arctic Sunrise, da ONG Greenpeace.

O navio está em viagem por toda a costa brasileira, e traz a bordo 30 voluntários de 10 nacionalidades. O objetivo da comitiva em Fortaleza é discutir o potencial eólico do Estado, e dar sugestões de como ele pode ser aproveitado em épocas de crise.

Durante os dias 6 e 7 de fevereiro, o Arctic Sunrise esteve aberto à visitação do público, que teve toda uma recepção especial. Várias palestras sobre a situação ambiental do planeta foram proferidas, tanto em versão adulta quanto infantil.

Não sou chegado a essas coisas de ambientalismo, confesso que eu sou um dos que mais contribuem para o aquecimento global do planeta (só perco pros bois, que, graças a seu pum, infestam a atmosfera de metano - é sério!). Mas tenho que tirar o chapéu pro Greenpeace, pois, graças a essa iniciativa, muita gente, além dos naturebas e ecochatos de plantão, ficou sabendo mais sobre o caos que a Terra está.

Mas acho que o grande motivo que ONGs como a WWF e o próprio Greenpeace não conseguem angariar mais fãs são os ecochatos de plantão. Pessoas que se descabelam quando você joga um papel de Icekiss no chão, ou quando você ome um belo pedaço de bisteca. Caras que são caracterizados muito bem aqui. Eles são que nem certos religiosos, que, quando chegam perto da pessoa, causam temor e calafrios. Troque Jesus por meio-ambiente e verá que dá no mesmo.

Certa vez, eu estava vendo uma discussão entre os tais ecochatos e uma pessoa sensata. A pobre, sozinha, rebatia de todas as maneiras as argumentações dos ecochatos, que são sempre "Salvar os animais é uma prioridade", "quando for derrubada a última árvore é que vão perceber que não se come dinheiro" e afins. A pessoa sensata contraargumentou, dizendo que, em vez de se preocuparem em ajudar o planeta, que tal ajudar as pessoas que vivem nele. E é esse ponto que quero enfatizar.

Acredito que há uma questão de prioridades. Não que nosso planeta não seja nada; afinal, vivemos nele, e, do mesmo jeito que queremos nossa casa arrumada, queremos a Terra assim também. Mas acredito que os problemas sociais são bem mais evidentes e mais destrutivos que os problemas ambientais, e, por não serem cool, são deixados de lado pelos ecochatos.

E o IPREDE só lamenta.

Um comentário:

Anônimo disse...

concordo, há muitas coisas a serem resolvidas antes de ficar pensando na morte dos animaizinhos.
prefiro pessoas.

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